A COSMOVISÃO CALVINISTA E A RESISTÊNCIA AO ESTADO
Guilherme Vilela Ribeiro de Carvalho*
RESUMO
Neste artigo, o autor levanta inicialmente o enigma indicado pelas pesquisas de Armando Silvestre acerca das origens da política revolucionária calvinista, que, aparentemente, deve mais aos argumentos políticos produzidos pelos luteranos do que ao próprio Calvino. Ao invés de buscar as raízes da política calvinista radical em orientações explícitas de Calvino, como faz Silvestre, o autor sugere que a verdadeira origem dessa política estaria na cosmovisão calvinista. Aplicando a análise filosófico-teológica de Herman Dooyeweerd a dois textos políticos fundamentais de Lutero e de Calvino, observa-se que a divergência que eles apresentam no tocante à relação entre a esfera ética e a esfera política pode ser explicada como uma divergência em suas respectivas “idéias-de-lei”, isto é, de suas idéias sobre a ordem cósmica. A idéia-de-lei ou wetsidee calvinista da soberania absoluta de Deus na criação possibilitou a Calvino e ao calvinismo posterior a diferenciação e autonomização da esfera política sem a perda de seu fundamento religioso, viabilizando assim a práxis calvinista da resistência ao Estado.
PALAVRAS-CHAVE
Calvinismo; Política; Ética e direito; Estado; Cosmovisão; Diferenciação cultural; Natureza e graça.
* O autor é mestre em Teologia com ênfase em Novo Testamento (Faculdade Teológica Batista de São Paulo). Foi professor da Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte de 1998 a 2005. Atualmente é bolsista do CNPq no programa de mestrado em Ciências da Religião da UMESP. É também pastor batista (CBN) e diretor do Centro Kuyper de Estudos Cristãos de Belo Horizonte.
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Formando Político Calvinista para reconstrução da sociedade brasileira ocidental fundamentado de forma sine qua non nos valores e princípios judaico-cristão em todas as dimensões da vida humana. Estabelecimento do Estado de Dever e Responsabilidade Democrática, sem a qual não pode existir verdadeiramente o Estado Democrático de Direito. Rompemos com os sofismas produzidos pelo Naturalismo Filosófico e afirmando que não existe realidade sem transcendente. Prof. Luis Cavalcante
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