Julio Severo
Dois missionários presbiterianos estavam presos no Senegal, por pressões alimentadas por acusações feitas por muçulmanos revoltados. A imprensa secular e evangélica brasileira noticiou e, de todos os políticos que souberam da tribulação dos missionários, somente o senador Magno Malta e mais dois parlamentares pentecostais, Paulo Freire e Ronaldo Fonseca, deixaram suas casas, trabalhos e famílias para fazer uma longa viagem ao Senegal para prestar solidariedade e apoio aos missionários.
Maria do Rosário merece louvor? |
Quem mereceria um elogio (não louvor, que pertence somente a Jesus Cristo) é o senador Malta e seus dois colegas da Frente Parlamentar Evangélica que arregaçaram as mangas e foram à África. Tal atitude realmente nos faz louvar a Deus!
Eu mesmo dei glória a Deus e escrevi um elogio público quando Lucena, membro da bancada evangélica, confrontou o Conselho Federal de Medicina sobre uma postura pró-aborto. Para um membro do radical Partido Verde, que é pró-aborto, isso deve ter sido um grande desafio.
Se, por algum motivo, Lucena não queria dar algum merecido elogio a Malta, pelo menos ficasse em silêncio, não se aventurando num requerimento estúpido de louvor a alguém que não merece elogio, muito menos louvor. (O vergonhoso requerimento está neste link: http://archive.is/0FTOJ) Ou, para Lucena, é louvável todo o trabalho que Maria do Rosário vem desenvolvendo há anos contra as famílias brasileiras e a Igreja de Jesus Cristo? Ou é louvável o apoio obsceno dela à ditadura de Cuba?
A Turquia e seu envolvimento no massacre de cristãos na Síria
A falha mais recente de Roberto de Lucena, ou de sua assessoria, foi se envolver num requerimento de apoio à “Declaração de Istambul.” Em discurso no Congresso Nacional em favor dessa declaração, Lucena exortou a comunidade internacional a “prover suficiente proteção para todas as comunidades étnicas e religiosas, bem como seus locais históricos, religiosos e culturais.” O texto todo está aqui: http://archive.is/diety
Não houve nenhuma solidariedade específica aos cristãos, nenhuma tentativa de imitar o senador Malta e visitar esses cristãos, oferecendo alguma ajuda mais concreta e real. Não houve, nas palavras de Lucena sobre a “Declaração de Istambul,” nenhuma identificação específica de quem são os opressores.
Não faltam, porém, fontes confiáveis, dos próprios meios cristãos, de que a principal identidade dos massacradores de cristãos na Síria são os rebeldes islâmicos, muitos dos quais têm ligações com a al-Qaida.
Há numerosos relatos oficiais sobre isso. No final deste artigo, apresento vários artigos com alguns desses relatos.
Cristãos sírios |
O governo de Assad, embora seja uma ditadura (qual é o governo muçulmano que não é ditadura no Oriente Médio?), era o que mais dava proteção à minoria cristã. Só pelo fato de que a declaração foi feita em Istambul, na Turquia, já expõe perigosas questões políticas, pois a islâmica Turquia jamais aceitaria que os rebeldes sírios fossem condenados por suas atrocidades contra os cristãos. A própria Turquia ajuda esses rebeldes, de modo que tudo o que os assinantes da declaração puderam fazer foi falar quase que genericamente sobre perseguição aos cristãos sírios, sem poder ofender o país anfitrião assassino.
E agora Lucena, ou sua assessoria, quer colocar o Congresso Nacional para louvar oficialmente tal declaração feita em pleno território turco exclusivamente porque foi assinada também pela ANAJURE?
De acordo com o WND, um dos mais respeitados veículos noticiosos conservadores do mundo, o papel da Turquia na guerra síria é indiscutível. O WND disse:
“A infiltração de jihadistas na Síria através da Turquia alcançou um número crítico, ao ponto em que o equilíbrio de poderes pode mudar para uma direção preocupante. Chegou a um ponto em que a Turquia talvez seja a maior base da al-Qaeda no mundo.”
Uma declaração honesta e cristã, da parte de Lucena e de outros que querem se envolver no conflito sírio, deveria cobrar da Turquia o seu vergonhoso papel de apoio aos terroristas da al-Qaida, inclusive dos rebeldes islâmicos que estão massacrando cristãos sírios.
Presumo que, para os que assinaram a tal Declaração de Istambul em território turco, seria impossível fazer cobranças, pois o governo turco está em plena atividade islâmica para tentar reconstruir o Império Otomano. Os turcos jamais aceitariam tais cobranças ou, pelo menos, um pedido de misericórdia em favor dos cristãos sírios. A misericórdia turca foi demonstrada 100 anos atrás, com o genocídio de centenas de milhares de cristãos armênios.
Por motivos aparentemente óbvios, os assinantes da Declaração de Istambul não puderam incomodar os anfitriões carregados de sangue. Por que é tão difícil especificar os crimes e os criminosos quando os culpados são os islâmicos e as vítimas são cristãs?
O Dep. Roberto de Lucena tem uma imensa vantagem: ele não está em Istambul, com sua liberdade ameaçada de falar o que os turcos precisam ouvir e expressar ao mundo condenação aos terroristas islâmicos que estão dizimando a população cristã da Síria.
As palavras que estão no site de Lucena são lindas:
“Abre a tua boca a favor do mudo, pela causa de todos que são designados à destruição. Abre a tua boca; julga retamente; e faze justiça aos pobres e aos necessitados.” (Provérbios 31:8-9 ACF)
Mas palavras lindas não são nada, se não são colocadas em prática.
Ninguém do Brasil abriu a boca quando os turcos massacraram os cristãos armênios cem anos atrás. Que essa tragédia não se repita hoje no caso dos turcos que ajudam a al-Qaida e os rebeldes islâmicos que estão massacrando os cristãos na Síria.
Fonte: www.julisevero.com
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