sexta-feira, 3 de maio de 2013

CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA


CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA - PARTE 1



João Calvino considerado por muitos como o segundo patriarca da reforma protestante, que teve como base da sua doutrina os argumentos expostos por Martinho Lutero, e como conseqüência disso, a formação de mais uma vertente da reforma em meados do século XVI, que fortaleceu e polemizou a doutrina reformada.  Licenciado em direito e conhecedor do latim, faculdades que serão muito úteis em Genebra para toda sua argumentação e influência política, Calvino estruturará uma forte corrente protestante que em algumas regiões como Genebra, como será abordado aqui neste trabalho, ganhará formas solidificando e assumindo toda a doutrina protestante proposta a ele, e apesar de alguns como o humanista e bispo de Carpentras[1] acreditar que Genebra voltaria para as doutrinas católicas, será Calvino a responder por Genebra qual doutrina a ser seguida, a protestante, fato que ganha forças devido a já insatisfação dos príncipes da região com o catolicismo romano.

Calvino nascido em Noyon em 1509[2], logo cedo enveredado pelos caminhos da Igreja, também iniciou seus estudos muito jovem. Seu pai, Gérard Cauvin, um homem bem situado financeiramente e com relação social ativa, trabalhou e batalhou para obter cargos ligados de escrivão da cidade, agente fiscal como também secretário do bispo e senhor de Noyon. Assegurou os estudos dos filhos principalmente os de João, que logo já cumpria fielmente as orientações do seu pai. Percebe-se que em sua carreira de estudos, boa parte dentro dos ensinamentos católicos, como por exemplo, a sua boa passagem a escola escolástica, Calvino aos poucos se distancia dos humanistas se familiarizando cada vez mais com os escritos de Martinho Lutero, fato que o levará a tomar uma decisão muito difícil, de se ver seguidor da então recente corrente protestante e se desligar da igreja católica apostólica romana. Identificar ao certo o episódio ou dia em que Calvino assume definitivamente o caminho a seguir fica uma tarefa difícil, mas podemos ver claramente que em sua publicação em Basiléia da primeira versão da “Instituição Cristã” [3]já há a presença da doutrina reformada como doutrina de fé e prática. Episódios anteriores à publicação irão o fazer conhecido como protestante. Delumeau nos mostra um episódio que me chamou muito a atenção que foi anterior a publicação, ocorrido no discurso de Nicolas Cop que fazia no auditório em Paris.
Nicolas Cop era reitor da universidade e este fato causa um tumulto, pois se vê passagens inteiras do seu discurso, escritos de Lutero  que teve a mão de Calvino para elaborá-lo. Episódio que levará a expulsão dos mesmos da França. Vemos também nos ensaios da biografia de Calvino escrita por alguns autores que suas faculdades são analisadas em dois momentos: primeiro momento focado para os ensinos teológicos e que posteriormente vemos um enfoque nas ciências das leis, como também nas letras clássicas, conseqüência de uma frustração ocorrida devido à teologia católica romana.
Mas que caminho Calvino percorreu em Genebra? Qual a influência e seu papel na política? Como um homem desses veio a ser peça fundamental para a resistência ao Estado Católico e fortalecer a reforma protestante em Genebra? Essas são algumas perguntas que iremos responder e esclarecer o cenário ocorrido em meados do século XVI em Genebra e demais regiões envolvidas.


[1] DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989.Pag. 118
[2] SILVESTRE, Armando Araújo. Calvino e a resistência ao Estado. São Paulo: Mackenzie, 2003. Pag. 81-82
[3] CALVINO, João. As institutas ou tratado de religião crista. São Paulo: Presbiteriana, 1985.


(Texto enviado por Ivatan Holanda - UFES)



CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA - PARTE 2

(Ver parte 1:  http://pensamentoehistoria.blogspot.com/2011/06/calvino-influencia-do-pensamento.html )

Após passagem não muito boa pelo reino da França, Calvino parte a caminho de Strasburgo, mas por causa das guerras resolve passar antes em Genebra. Ao chegar visualiza o triunfo de Farel com a reforma e ver a necessidade de consolidá-la. Sendo informado da presença do autor das “Institutas Cristãs” na cidade, insiste para Calvino ficar, isso em Agosto de 1536. Podemos dizer que surge o início do contato do pensamento de Calvino com a cidade que já havia toda uma vontade e ligação com a reforma protestante, o que para Calvino inicia um espaço para a montagem de idéias de resistência e formação do protestantismo calvinista, ou como ele dizia, consolidação da “verdadeira fé Cristã”.

Sua primeira chegada a Genebra não foi tão bem vista por representantes da cidade. Muitos discordavam de Calvino, e conseqüentemente de Farel pelo convite feito para que ficasse na cidade. Calvino, que apesar de algumas divergências, passa então a formalizar sua teoria, o que vamos conhecer como a teoria da resistência. Seu argumento inicia na tentativa de destacar o papel dos “magistrados menores” mediante as posturas e decisões dos “magistrados maiores”. Para ele os magistrados maiores, que seriam nesse início as autoridades católicas, poderiam ser confrontados pelos magistrados menores, pessoas que estariam gabaritadas para combater algum desvio dessas autoridades, algo que para a doutrina de Calvino não seria um levante ou rebeldia contra as autoridades constituídas por Deus, mas se uma autoridade desvia seu real propósito, ela deve ser confrontada por esses magistrados menores.
Devemos analisar que nesse primeiro período de Calvino em Genebra (de 1536 a 1538) sua doutrina começa a ser formulada, o que não influenciará muitos acontecimentos que estão ocorrendo em Genebra e que não são idealizados por Calvino.
Outro ponto a ser colocado é sobre a população de Genebra. Nos anos de 1536 a população chegava a 11 mil habitantes, o que no decorrer dos anos, veremos um crescimento demográfico considerável, muitas pessoas das diversas regiões da Europa irão se mudar, atraídas é claro pelos acontecimentos e transformações que a doutrina reformada causará em Genebra. Vemos em alguns textos que relata o ocorrido à expressão “Cidade de refúgio”, termo remetendo a esse fato de muitos encontrarem em Genebra essa nova forma de fé e prática cristã, o que em outras regiões da Europa como Itália, por exemplo, o catolicismo é muito forte e contra qualquer outra vertente cristã. Essas pessoas que eram perseguidas nessas regiões partem para Genebra, motivados a encontrar o que querem na cidade. Gostaria de ressaltar também que os números que os textos nos mostram a respeito do número populacional como citado aqui não são muito confiáveis, tarefa difícil para a época, o registro dos habitantes serão os mais diversos colocados por diferentes autores.
Logo após 1536, Calvino, devido às muitas divergências locais, é expulso de Genebra. Episódios políticos de 1538 serão fundamentais na reviravolta que a cidade passará. Um partido reformado, mas pouco favorável a estadia dos refugiados franceses toma o poder. Orientados por Calvino a adotarem costumes religiosos de Berna, uma cidade em que a doutrina reformada já está bem consolidada, causará muito tumulto, pois a decisão parte sem a consulta dos pregadores, ou como já chamados magistrados que já faziam parte da estrutura política formada em Genebra. Esse episódio causará uma ruptura fazendo que Farel, Calvino e os demais pregadores contrários aos magistrados a se retirarem da cidade em três dias.
Saindo de Genebra, Calvino passará por uma fase em que o amadurecimento da doutrina pregada e proposta por ele será visível. Ao retornar o caminho para Basiléia vê-se pressionado a estabelecer-se em Strasburgo, local em que Calvino passa a amadurecer suas idéias. Surge então mais uma nova edição das “Institutas” em Latim e em Francês. Orientado por Bucer, Calvino passa então a se preocupar com uma doutrina em que todos os protestantes teriam alcance em assimilar e entender. Outras áreas de sua vida começam a tomar rumos diferentes como, por exemplo, a união do matrimonio: “Casa-se em 1540 com a viúva de um anabatista de Liége por ele convertido à ortodoxia reformada. Idelette de Bure. Foi para Calvino uma esposa dedicada.” 
Apesar de algumas alegrias da nova família que Calvino veio a constituir, episódios como o filho que tiveram, mas que não durou quinze dias, somado às muitas dificuldades físicas e de saúde que seu organismo viera a ter, serão marcas de sua caminhada. Outros motivos políticos levam Calvino a desanimar em Strasburgo e o fato de o verão de 1540 os Guilherminos, que eram ligados ao partido de Farel retomam o poder convidam Calvino para retornar para Genebra. Mas ele propõe condições para o regresso à cidade: que o magistrado de Genebra apóie e incentive a educação através do catecismo e da disciplina. Depois de algum período de negociação, Calvino retorna para Genebra.

(Texto enviado por Ivatan Holanda - graduando da UFES)



CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA - PARTE 3

Ver parte 1: http://pensamentoehistoria.blogspot.com/2011/06/calvino-influencia-do-pensamento.html

Ver parte 2: http://pensamentoehistoria.blogspot.com/2011/08/calvino-influencia-do-pensamento.html

Devemos ressaltar o quanto foi importante para a consolidação de sua doutrina esse período de lutas e passagens por essas regiões. Conforme mencionado anteriormente, passamos a notar o amadurecimento de sua doutrina, como também algumas mudanças e até certos radicalismos que no início não existiam. Mudanças essas fundamentais para entendermos o fortalecimento da reforma em Genebra e como aconteceu em tempos e fases das quais começamos a falar. Vale ressaltar ainda que devido à ortodoxia pregada por Calvino agora nesse segundo retorno a Genebra, deixa de ser menos tolerante e evidencia muito mais seus valores doutrinais. Encontraremos exemplos como as sentenças que ficaram conhecidas de expulsão daqueles que se levantaram contra a doutrina, sendo classificados como hereges. O espanhol Miguel Servet[1] é um exemplo de como eram tratados esses que se levantassem contra a doutrina. O espanhol tinha se tornado conhecido por suas críticas tanto ao catolicismo, como também aos reformadores. Genebra vendo o incômodo causado por ele, e que somado à necessidade de mostrar certo rigor em julgá-lo, tem a sentença de morte decretada pelos magistrados e com o apoio de Calvino que embora sugerisse um suplício menos cruel. As vontades de puní-lo somaram não só pela justificativa de como eram vistas suas indagações como sendo heréticas, mas a de dar fim a outra doutrina que se iniciava, tendo o espanhol como grande disseminador da mesma.

Com esse rumo, vemos a teoria de resistência baseada na doutrina que Calvino propõe fortificando em Genebra. A idéia argumentada dos magistrados menores parece vir como base para tal resistência. Os argumentos bíblicos de passagens onde a tirania de uma autoridade pode e deve ser contestada, pois um rei que toma essa postura, nega o seu real propósito de governar para o povo. Embora no primeiro momento a influência Luterana fosse vista nos calvinistas, passamos a notar que Calvino e mais tarde os Calvinistas vão ir além, uma vez que Lutero dizia que “toda autoridade foi constituída por Deus”, parafraseando uma passagem bíblica e reconhecendo a soberania de Deus em instituir as autoridades, o texto chave para ele é a passagem de Romanos 13. O texto fala do reconhecimento dessas autoridades e ainda diz que se a autoridade vir com a espada é porque Deus está trazendo o juízo, e nada foge da mão de Deus. No outro momento da passagem, chama as autoridades de ministros de Deus, reafirmando a legitimação das autoridades como vontade de Deus. Parece que Calvino passa a argumentar e questionar essa premissa, pois um rei tirano, na interpretação dele está totalmente fora dos planos de Deus, e encontra tais argumentações de resistência dos magistrados nos episódios bíblicos como o de Daniel e seus amigos perante o rei. Vê-se neles essa idéia de magistrados menores questionando as vontades do rei. Calvino e seus seguidores vão defender essa argumentação fazendo com que a resistência venha como defesa e com total respaldo de Deus. Quentin Skinner expõe que como esse discurso de Calvino nos parece dualista ou ambígua. Diz que Deus pode transformar príncipes em tiranos, se julgar que os pecados do povo requerem tais punições – vemos nesse primeiro momento semelhança a posição de Lutero – mas completa dizendo “os governantes são instituídos por Deus para cumprirem uma série de deveres em especial em prol do bem comum” [2]. Conclui dizendo que a existência dos magistrados menores foi instituída por Deus para intervir nas questões dos tiranos. 

Em Genebra vamos ver que com essa doutrina, as questões religiosas passaram a ser decididas sem interferência do Estado. Chamo Estado o poder civil que era constituído na cidade antes da reformulação causada pela reforma. O direito privado como era colocado, que legitimará toda teoria de resistência, e que se possível usar a força para a defesa, para ir contra a tirania das autoridades. Surge a idéia de “criminoso privado”. Quando há tirania das autoridades, o direito privado legitima a resistência. Percebemos que forma-se uma teoria bem elaborada por Calvino, suas faculdades jurídicas como já mencionei aqui, serão bem usadas para formalizar essa teoria. O resultado disso será o alcance dos argumentos dele chegando a todos os protestantes, não só em Genebra, mas nas outras regiões de concentração desses reformados. Na bíblia de Genebra, vemos anotações da teoria de resistência, fazendo com isso que o contato dos fiéis com a teoria de resistência seja cada vez mais próximo. Percebemos com isso a necessidade de reafirmar uma identidade na cidade de Genebra e toda uma movimentação para que a reforma protestante tome todos os espaços dessa sociedade.


[1] DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989. (Pag. 120)
[2] SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. (pag. 489)

(Texto enviado po Ivatan Holanda - graduando da UFES)


CALVINO: A INFLUÊNCIA DO PENSAMENTO POLÍTICO EM GENEBRA - PARTE 4 - FINAL




A partir de Calvino, outros chamados calvinistas vão surgir cada vez mais fortalecendo essa doutrina, nomes como Ponet e Goodman darão respostas e definindo a postura mediante a tirania das autoridades. John Knox, outro teólogo reformado e bem radical, acrescenta alguns argumentos na teoria de resistência, como por exemplo, a questão do estrangeiro jamais ser escolhido pelos irmãos para ser uma autoridade. Nota-se a preocupação em manter a resistência colocada como sendo as leis de Deus e a verdadeira fé sendo a dos calvinistas, fator determinante na identidade e que como conseqüência forma no coletivo das pessoas o direito de resistir fundamental.

Permito-me registrar aqui os conflitos que isso gerou nas regiões em que a resistência calvinista era levantada. Somando a corrente luterana, a resistência da reforma causará um conflito religioso dividindo e definindo cada vez mais essas duas correntes cristãs: católicos e protestantes. Skinner nos lembra da revolução huguenote[1] na França. Outro exemplo mais radical seria os puritanos ou calvinistas da Holanda e Inglaterra que partirão para o combate em defesa da verdadeira fé na ótica deles.

Teoria de resistência e toda sua argumentação política foram sem duvida marcas da cidade de Genebra. A legitimação e força que os pastores tiveram, principalmente no período em que Calvino conquistara seu espaço mediante as questões políticas envolvendo Genebra, como também a sua contribuição para o ensino sistemático de sua doutrina que, sem dúvida, teve um papel de grande destaque para a autonomia das questões da igreja reformada. Outros pontos envolvendo questões socias como, por exemplo, a reafirmação dos burgueses perante a sociedade, principalmente os vindos da França, inserindo-os assim no contexto social em que Genebra se configurava.

A partir de 1555[2], os anos para Calvino em Genebra se tranqüilizavam à medida que a assimilação dos seus ensinamentos ia acontecendo, mas polêmicas o acompanhavam constantemente até o final. Percebendo que o fim de sua vida se aproximava, fez questão de registrar seus últimos conselhos aos pastores de Genebra, encorajando-os a permanecer na doutrina e não fazer mudanças ou inovações. Outro ponto marcante no fim de sua vida, foi o desejo de que em seu túmulo não fosse registrado nada que o lembrasse. Parece-nos uma preocupação com o que fariam com seu tumulo, pois tinha uma postura radical em relação ao que era feito com os túmulos dos mártires católicos. Fez questão de não deixar marcas onde fora enterrado.

Sobre Genebra, embora viessem falando dos sucessos que a doutrina calvinista trouxe, devemos registrar alguns fracassos que ocorreram. A doutrina da ceia de Calvino acabou não sendo compreendida, sua doutrina da predestinação que apesar do sucesso incontestável que tivera, foi muito combatida nos séculos posteriores à sua morte, fator que levou aos calvinistas a tomarem posturas equilibradas mediante as questões da predestinação ou eleição. Mas o que marcou mesmo o período posterior ao falecimento de Calvino foi a incapacidade de manter a autonomia da igreja em Genebra. Algo que seria tarefa difícil de sustentar, pois vemos que com a passagem do século XVI para o XVII e futuramente para o XVIII mudanças consideráveis na sociedade tiveram um papel fundamental para isso. Podemos dizer, por exemplo, que o surgimento do Estado Absolutista em algumas regiões, apesar da singularidade de organização política em Genebra e que não participou efetivamente do Absolutismo, causa efeitos na mentalidade e encontram espaços para influenciar mesmo que indiretamente as questões políticas de organização em Genebra. Outro ponto sobre a perda do espaço autônomo da igreja conquistado pelas idéias calvinistas, foi o enfraquecimento dos pastores somado à falta de recurso que os mesmos se encontravam, fazendo assim com que eles tivessem poucas formas de se opor com eficiência às autoridades civis.

Porém o calvinismo na Suíça, em especial em Genebra, deixou marcas de crença na doutrina, que apesar das mudanças ocorridas por toda a Europa, marcaram o século XVII, em especial a doutrina da predestinação, que embora muito criticada, se manteve nas crenças dos seguidores por todo período.

A relação Genebra e João Calvino sem dúvida trouxe norte para a vida de ambos, como também a contribuição que um deixou na vida do outro. Genebra leva as marcas de um homem polêmico em toda vida e que encontrou espaços na cidade para colocar em prática tudo o que acreditara como sendo a verdadeira fé Cristã.  João Calvino, que precisava de um refúgio para encontrar a maneira que colocaria em prática tudo que acreditara, viu o sucesso da sua doutrina, algo que a meu ver ele não esperava acontecer em Genebra. Concluo dizendo mais uma vez que os acontecimentos na história tanto de Genebra, por passar as fases que passou de organização política e social, quanto de Calvino que teve suas fases na vida, parece que no momento certo esse encontro se fez, e que as conseqüências vimos nesse resumo de influências políticas em que a cidade de refúgio passou e participou da vida do homem curvado, como era visto por muitos da época, que lutou por uma igreja não separada do Estado, mas que fosse autônoma para tomar suas decisões. Essas sem dúvida foram as marcas do legado de João Calvino em Genebra.

(Texto enviado por Ivatan Holanda - graduando da UFES) 


[1] SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. (pag. 513 a 515)
[2] DELUMEAU, Jean. Nascimento e afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989. (Pag. 122)

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